domingo, 2 de agosto de 2009

Frost* - Experiments in mass appeal


TRACK LISTING
1. Experiments In Mass Appeal
2. Welcome To Nowhere
3. Pocket Sun
4. Saline
5. Dear Dead Days
6. Falling Down
7. You/I
8. Toys
9. Wonderland

MÚSICOS
Declan Burke - voz, guitarra
Jem Godfrey - voz, teclados, piano
John Mitchell - voz, guitarra, violinos
John Jowitt - baixo
Andy Edwards - bateria


Ano - 2008
País - Inglaterra
Formato - 2CD Digipak
MySpace - http://www.myspace.com/planetfrost

Como introdução a este álbum devo apenas dizer que desde o Absolution dos Muse não ouvia algo assim. Infelizmente tive que esperar cerca de 5 anos para voltar a ficar completamente rendido a uma banda. O primeiro álbum dos Frost*, Milliontown, já tinha sido uma agradável surpresa. Músicas como “Hyperventilate”, “No me no you” ou “Black light machine” são do melhor que eu já ouvi dentro do rock progressivo, mas a verdade é que este Experiments in mass appeal ainda consegue ser melhor.

O Sr. Jem Godfrey é o líder, compositor e teclista da banda. A ele juntam-se alguns dos nomes mais conhecidos da cena progressiva inglesa: John Mitchell na guitarra (Arena, Kino, It Bites), John Jovitt no baixo (IQ, Arena), Andy Edwards na bateria (Robert Plant, IQ, Manhattan Transfer) e Declan Burke na voz e guitarra (Darwin’s Radio). Jem Godfrey é também um conhecido produtor e compositor que já trabalhou com as Atomic Kitten ou Holly Valance.

Quero começar por salientar o trabalho de teclados deste álbum. Absolutamente soberbo! A música “Dear Dead Days” resume na perfeição o génio do Jem Gofdrey. Uma introdução de 55 segundos com um riff de sintetizador alucinante seguida de uma passagem calma de piano com uma melodia fantástica. Destaque também para o baterista Andy Edwards, em especial na música “Pocket Sun” (ver vídeo).

Na minha opinião, a maior virtude deste álbum é a roupagem pop que é dada aos temas. Esta afirmação pode parecer uma heresia para os mais puristas apreciadores de música progressiva, mas música progressiva não é isso mesmo? Uma mistura de estilos, uma procura de arranjos diferentes e originais? E porque não tocar um refrão pop com um compasso 7/4? Este álbum está cheio de refrões explosivos com melodias fantásticas que cativam o ouvinte à primeira. Os arranjos estão também muito bem executados, sendo de destacar, mais uma vez, a preponderância assumida pelos teclados.

Frost* é rock progressivo do século XXI. Moderno, original e explosivo.

João Calvo

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