1. Red
2. Fallen Angel
3. One More Red Nightmare
4. Providence
5. Starless
MÚSICOS
Robert Fripp - guitarra, mellotron
John Wetton - voz, baixo
Bill Bruford - bateria, percurssão
Ano - 1974
País - Inglaterra
Formato - CD / LP
MySpace - http://www.myspace.com/officialkingcrimson
Há precisamente 40 anos foi lançado por uma banda inglesa o que muitos consideram o primeiro álbum de rock progressivo. In the Court of the Crimson King, mais do que um marco do rock progressivo, foi um marco na história da música do século XX.
Tool, Nirvana, Porcupine Tree, Iron Maiden, Voivod, Between The Buried And Me, Dream Theater, Rush são apenas algumas das bandas que admitiram a forte influência que a música de King Crimson teve no seu percurso.
A actividade dos King Crimson pode ser dividida em 3 fases: de 1969 a 1974, de 1981 a 1984 e de 1994 até aos dias de hoje. A primeira fase é de longe a mais profícua em termos de lançamentos, com 7 álbuns de estúdio, sendo o álbum Red o último a ser editado e o meu preferido.
Se tivesse que escolher a banda que melhor define, na minha opinião, o que é rock progressivo, essa banda seria certamente King Crimson. Robert Fripp e sus muchachos (mais de 20) conseguem ao fim de 40 anos manter a mesma dose de criatividade, experimentalismo e loucura que tinham no início de carreira. Ao contrário de outras bandas de referência que se pautaram a partir de determinada altura na sua carreira por lançamentos menos interessantes e por abordagens mais comerciais (Yes ou Genesis são exemplos), os King Crimson optaram por interromper a sua carreira por duas vezes, regressando sempre em força e com a exploração de novas sonoridades, ou seja, cada novo lançamento trazia sempre algo de novo e interessante.
Independentemente das inúmeras mudanças de formação da banda, a qualidade dos músicos sempre foi elevadíssima. Na bateria Bill Bruford, muito possivelmente o baterista com melhor currículo de rock progressivo: Yes, King Crimson, Genesis, , U. K., Steve Howe, Pavlov’s Dog, Al Di Meola, etc. É dele uma afirmação que caracteriza muito bem a música de King Crimson:
"When you want to hear where music is going in the future, you put on a King Crimson album."
Na voz e baixo John Wetton cujo currículo pode ser consultado na wikipédia (muito longo para colocar aqui). Finalmente na guitarra um tal de Robert Fripp. Um sujeito de óculos que toca sentado nos concertos. Robert Fripp é sem dúvida um dos músicos mais inovadores e criativos da história do rock. A sua procura incessante por novas sonoridades fazem dele uma referência na guitarra eléctrica. Para além dos 3 músicos “oficiais” deste álbum, destaco também o contributo do violinista David Cross, em especial na música “Providence”.
O álbum Red consegue em apenas 5 músicas varrer um conjunto de sonoridades tão vastas que a maior parte das bandas não consegue numa carreira inteira (e não estou a falar de AC/DC ou Motorhead). Apesar das diferentes sonoridades apresentadas, o álbum consegue transmitir um sentido de unidade muito grande e esse é precisamente um dos pontos fortes deste Red.
Basta esperar apenas 28 segundos para sermos brindados com um dos melhores riffs que eu conheço, se calhar o primeiro riff de metal progressivo: pesado, evil e viciante. Arrisco-me a dizer que estamos perante um dos melhores instrumentais de rock progressivo, carregado de mudanças de compasso.
“Fallen Angel” inicia de uma forma calma e vai crescendo progressivamente ao longo dos seus 6 minutos de duração, especialmente nos agoniantes versos cantados por John Wetton.
“One More Red Nightmare” introduz mais um riff bem heavy, muito à semelhança da música “Red”. A música ganha um balanço contagiante com a entrada da voz e a componente jazz da banda vem ao de cima com a parte intermédia instrumental com um brilhante solo do saxofonista Ian MacDonald.
“Providence” é uma obra de música erudita contemporânea fantástica. Se Arnold Schoenberg ou Anton Webern tivessem uma banda de rock progressivo poderiam muito bem ter composto esta música. Mesmo um apreciador de rock progressivo terá dificuldade em absorver está musica. Decididamente “Not for the faint of heart”.
“Starless” é de uma beleza quase indescritível. Aliás, é mesmo indescritível e por isso mais não digo.
Este álbum é de uma beleza quase indescritível. Aliás, é mesmo indescritível e por isso esqueçam tudo o que eu escrevi e tratem de o ouvir rapidamente.
Tool, Nirvana, Porcupine Tree, Iron Maiden, Voivod, Between The Buried And Me, Dream Theater, Rush são apenas algumas das bandas que admitiram a forte influência que a música de King Crimson teve no seu percurso.
A actividade dos King Crimson pode ser dividida em 3 fases: de 1969 a 1974, de 1981 a 1984 e de 1994 até aos dias de hoje. A primeira fase é de longe a mais profícua em termos de lançamentos, com 7 álbuns de estúdio, sendo o álbum Red o último a ser editado e o meu preferido.
Se tivesse que escolher a banda que melhor define, na minha opinião, o que é rock progressivo, essa banda seria certamente King Crimson. Robert Fripp e sus muchachos (mais de 20) conseguem ao fim de 40 anos manter a mesma dose de criatividade, experimentalismo e loucura que tinham no início de carreira. Ao contrário de outras bandas de referência que se pautaram a partir de determinada altura na sua carreira por lançamentos menos interessantes e por abordagens mais comerciais (Yes ou Genesis são exemplos), os King Crimson optaram por interromper a sua carreira por duas vezes, regressando sempre em força e com a exploração de novas sonoridades, ou seja, cada novo lançamento trazia sempre algo de novo e interessante.
Independentemente das inúmeras mudanças de formação da banda, a qualidade dos músicos sempre foi elevadíssima. Na bateria Bill Bruford, muito possivelmente o baterista com melhor currículo de rock progressivo: Yes, King Crimson, Genesis, , U. K., Steve Howe, Pavlov’s Dog, Al Di Meola, etc. É dele uma afirmação que caracteriza muito bem a música de King Crimson:
"When you want to hear where music is going in the future, you put on a King Crimson album."
Na voz e baixo John Wetton cujo currículo pode ser consultado na wikipédia (muito longo para colocar aqui). Finalmente na guitarra um tal de Robert Fripp. Um sujeito de óculos que toca sentado nos concertos. Robert Fripp é sem dúvida um dos músicos mais inovadores e criativos da história do rock. A sua procura incessante por novas sonoridades fazem dele uma referência na guitarra eléctrica. Para além dos 3 músicos “oficiais” deste álbum, destaco também o contributo do violinista David Cross, em especial na música “Providence”.
O álbum Red consegue em apenas 5 músicas varrer um conjunto de sonoridades tão vastas que a maior parte das bandas não consegue numa carreira inteira (e não estou a falar de AC/DC ou Motorhead). Apesar das diferentes sonoridades apresentadas, o álbum consegue transmitir um sentido de unidade muito grande e esse é precisamente um dos pontos fortes deste Red.
Basta esperar apenas 28 segundos para sermos brindados com um dos melhores riffs que eu conheço, se calhar o primeiro riff de metal progressivo: pesado, evil e viciante. Arrisco-me a dizer que estamos perante um dos melhores instrumentais de rock progressivo, carregado de mudanças de compasso.
“Fallen Angel” inicia de uma forma calma e vai crescendo progressivamente ao longo dos seus 6 minutos de duração, especialmente nos agoniantes versos cantados por John Wetton.
“One More Red Nightmare” introduz mais um riff bem heavy, muito à semelhança da música “Red”. A música ganha um balanço contagiante com a entrada da voz e a componente jazz da banda vem ao de cima com a parte intermédia instrumental com um brilhante solo do saxofonista Ian MacDonald.
“Providence” é uma obra de música erudita contemporânea fantástica. Se Arnold Schoenberg ou Anton Webern tivessem uma banda de rock progressivo poderiam muito bem ter composto esta música. Mesmo um apreciador de rock progressivo terá dificuldade em absorver está musica. Decididamente “Not for the faint of heart”.
“Starless” é de uma beleza quase indescritível. Aliás, é mesmo indescritível e por isso mais não digo.
Este álbum é de uma beleza quase indescritível. Aliás, é mesmo indescritível e por isso esqueçam tudo o que eu escrevi e tratem de o ouvir rapidamente.
João Calvo
Ola Joao,
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente esta tua escolha sendo tu um amante de metal progressivo, efectivamente é talvez o album com sonoridades mais agressivas.
Gostaria de refrir que o nascimento do progressivo é uma incognita talvez provenha da altura do album In A Silent Way de Miles Davis, fusao clara de rock/jazz.
Concordo e é bem verdade que todos os albums trazem sonoridades diferentes, veja-se por ex. o Violino e batidas mais exoticas em Larks' Tongues In Aspic. Fripp sempre se soube adaptar a sua criatividade e magnificencia a cada epoca, trabalhando com varios nomes como deves saber, isso significa que este projecto seu de longa data nao é excepçao.
Sem duvida uma das obras mais compactas de Fripp, comparo este Red a Melt de Peter Gabriel, pelo simples facto das sonoridades exploradas em cada uma das faixas combinarem perfeitamente umas com as outras dando a sensaçao de um todo, o que para mim foi um problema do album de estreia deles.
Ha uma curiosidade neste album, ao contrario dos demais, temos de esperar ate a Starless para escutarmos o que se pensa ser uma balada e no final de contas é muito mais que isso.
Na altura custou-me bastante a absorve-lo é bastante diferente e mais complexo, diria ate uma suma de todos os trabalhos ate entao, nota-se uma certa vontade de quebrar barreiras e experiencialismo nalgumas, o grande problema deste album é mesmo esse, é perceptivel que os membros estao a ir em direcçoes opostas (talvez da possivel separaçao?), claramente a formula empregue em Lark's Tongues e Starless estava saturada e o resultado é uma tentativa mais avant-garde, resultante de acordes simples mas melodicos e harmoniosos levados a patamares jazzisticos nunca antes vistos na banda, arriscaria mesmo a dizer que com voz de Sinfield seria quase perfeito.
Um album de transiçao, em que raras sao as alturas em que o nivel criativo se subrepoe ao exibicional, talvez com a excepçao de One Red Nightmare, um culminar de uma fase com uma pedra singular e por isso ele é um album unico, altamente recomendavel como disseste, mas no qual Fripp ainda nao havia conseguido atingir o que se veio a suceder anos depois quer com King Crimson, quer a solo ou como produtor e tambem construtor.
Saudaçoes,
Unexpect3D
Obrigado pelo comentário e pelas pertinentes observações que fizeste.
ResponderEliminarVolta sempre!