domingo, 6 de setembro de 2009

Psychotic Waltz - Into the Everflow


TRACK LISTING
1. Ashes
2. Out Of Mind
3. Tiny Streams
4. Into The Everflow
5. Little People
6. Hanging On A String
7. Freakshow
8. Butterfly

MÚSICOS
Buddy Lackey - voz, teclados, flauta

Dan Rock - guitarra
Brain McAlpin - guitarra
Ward Evans - baixo
Norm Leggio - bateria


Ano - 1992
País - Estados Unidos
Formato - CD
MySpace - http://www.myspace.com/psychoticwaltzofficial


Adorados pela crítica e ignorados pelo comum dos mortais, Psychotic Waltz é o perfeito exemplo de uma banda que passou ao lado de uma grande carreira. Na minha opinião, esta banda é a perfeita fusão entre Fates Warning e Queensryche. Se aos primeiros vão buscar a utilização de compassos menos convencionais, virtuosismo dos instrumentistas e uma abordagem vocal muito peculiar e cativante, aos segundos vão buscar a capacidade para fazer arranjos brilhantes e fantásticas progressões harmónicas. Para além disto acrescentam uma obscuridade e misticismo (em especial nos 2 primeiros álbuns) que torna a sonoridade desta banda uma experiência única dentro do metal progressivo.

Para grande pena minha descobri esta banda tardiamente e confesso que demorei algum tempo para me render ao seu brilhantismo. Talvez por isso ocupem actualmente um lugar de destaque nas minhas preferências.

Outra das grandes virtudes desta banda é que depois de ouvir os seus 4 álbuns, as palavras “Dream Theater” nunca me ocorrem. Este é um dos maiores elogios que posso dar a uma banda de metal progressivo.

Lançar um álbum de metal progressivo em 1992 é muito complicado, especialmente se esse álbum não se chamar Images and Words. Mas a verdade é que o segundo álbum dos Psychotic Waltz conseguiu superar o álbum de estreia e transformar-se num marco dentro do género.

O álbum abre com a fantástica “Ashes”, música onde a pomposa introdução de teclados faz antever algo de grandioso. O uso de teclados não é muito habitual nesta banda, claramente vocacionada para as guitarras. De seguida somos atropelados por uma das músicas mais pesadas da banda, “Out of mind”, com uma melodia vocal a fazer lembrar o fantástico John Arch.

O ponto alto do álbum é sem dúvida a música que dá nome ao álbum: “Into The Everflow”. Um épico de com mais de 8 minutos que é um sempre crescendo turbilhão de emoções. O solo de guitarra a partir de 6:30 e que positivamente se arrasta durante mais de 1 minuto é de uma intensidade sem par.

Outra música a merecer destaque muito por culpa do esquizofrénico registo vocal de Buddy Lackey (o Devon Graves de Dead Soul Tribe) é “Freakshow”.

O álbum seguinte da banda, Mosquito, trouxe uma sonoridade diferente, com mais groove e músicas um pouco mais imediatas, perdendo-se, em parte, o carácter épico e sombrio dos dois primeiros álbuns.

Into The Everflow é obrigatório para qualquer apreciador de metal progressivo, sendo um dos álbuns que ajudou a projectar o estilo no início dos anos 90.

João Calvo

2 comentários:

  1. Antes de mais os meus parabéns pelo blog o qual já coloquei no Culto, depois é sempre bom ver que pérolas como estes P.W não ficaram esquecidos no tempo e continuam a ter uma enorme legião de admiradores do qual eu me considero um.

    excelente blog nunca é de mais referir.

    http://cultovinil.blogspot.com

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  2. Obrigado pelo comentário.
    Retribuo os parábens. O teu blog é, sem dúvida, obrigatório para apreciadores de vinil.

    A crítica ao álbum já está disponível. Psychotic Waltz é uma banda que merece todo o destaque pela excelente música que fizeram.

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